Nesta edição do Café com Propósito queremos ajudar as mulheres que tiveram seus bebês recentemente ou mesmo que pretendem ter um bebê, e que ao retornar para a rotina de trabalho se sentem culpadas por deixarem seus filhos pequenos.
Um assunto que merece atenção, e para falar sobre ele convidamos a especialista Adriana Vicco que é psicóloga, consteladora sistêmica, especialista em EFT, coach de carreira e especialista em desenvolvimento humano.
Esse é a segunda vez que ela participa do nosso Café com Propósito, confira o primeiro vídeo onde ela nos dá três dicas de como ter equilíbrio emocional no pós pandemia.
Adriana nos conta que é importante ter um planejamento de carreira, sempre olhar para como você quer estar daqui 1, 2, 5 ou 10 anos e que o planejamento não deve ser fixo, ele pode mudar. Por exemplo, aos 20 anos faz-se uma planejamento para daqui há 10 anos, mas ao chegar próximo do prazo, percebe-se que o que se queria antes não é necessariamente o que se quer agora, porque as prioridades e expectativas mudam e agora tem-se uma maturidade de quase 30 anos. “Cada pessoa tem, na realidade, uma história que é certa pra ela”.
Nesse assunto de planejar a carreira, a mulher que avaliou se o trabalho que ela está hoje pode dar suporte para que ela retorne após a maternidade, é só trabalhar os aspectos psicológicos dessa culpa, planejar com cuidado com quem vai deixar a criança. E fica mais simples.
Mas tem mulheres que percebem que com o retorno, por mais que elas queiram continuar trabalhando, o ritmo de vida não é condizente com quem tem uma criança porque um filho demanda cuidados e tempo, “o que ela planejou antes de ficar grávida, na hora que aquele bebê, aquele ser de amor chega no colo, as coisas mudam, as prioridades mudam”, então chegou a hora de rever isso. Pode-se buscar alternativas dentro do trabalho, tentar uma flexibilização junto da chefia ou algo que a permita conciliar as duas questões. Após o início dessa pandemia vemos muitas possibilidades das atividades serem exercidas remotamente e hoje os gestores já estão lidando com a questão de liderar sua equipe remotamente, essa possibilidade pode, talvez, facilitar a rotina dessa profissional que agora é mãe.
Mesmo assim tem mulheres que não conseguem enxergar um melhor fluxo de trabalho e pode ser pelo segmento que elas atuam. Talvez, então, uma outra alternativa seja essas mulheres pensarem em se tornar empreendedoras. É comum as mulheres se tornarem empreendedoras por quererem dar uma qualidade de vida melhor tanto para elas quanto para a família delas e essa transição também deve ser feita de forma planejada. Outro aspecto que precisamos ver é o quanto se preparou para essa transição, pois quando falamos em transições, envolvemos questões financeiras e o coach também pode ajudar nesse planejamento.
De qualquer forma é importante ela olhar para esse momento de ser mãe com muito carinho, seja do primeiro ou do segundo filho, e entender as suas necessidades e vontades, e trabalhar essa culpa.
E quando a mulher gosta muito do seu trabalho e se sente realizada, mas entende que chegou o momento de engravidar até por questões de idade? A Adriana falou sobre isso no nosso vídeo.
A especialista conta que não há a necessidade de engravidar, caso essa seja a vontade da mulher, ela não deve se sentir obrigada a isso. Por isso é importante um coach de carreira, para entender qual é a sua história, qual é o seu propósito, o que você veio entregar para o mundo. São tantas variáveis e não tem o certo ou o errado, existe aquilo que faz sentido para cada um. “Não existe um caminho certo, existe um caminho certo pra mim, um pra você, de acordo com este servir o mundo, com este caminhar no mundo, com este desenvolver-se como alma dentro do mundo.” O trabalho com coach de carreira sistêmico mescla as questões mais racionais e lógicas com as técnicas de constelação sistêmica que me permite entender qual é o fluxo que me fortalece.
A Adriana contou no vídeo um caso de uma mulher que tinha deixado o trabalho no mundo corporativo para empreender com o marido mas em determinado momento sentiu a necessidade de entender onde era o seu papel e no coach de carreira sistêmico ela entendeu que seu papel era no mundo corporativo e em três meses após esse contato ela estava trabalhando em uma multinacional mesmo após ter ficado 12 anos afastada.
Também contou sobre um mulher que estava há um ano e meio fora do mercado de trabalho e estava com uma energia baixíssima porque ela era uma executiva de uma multinacional e não conseguia se recolocar. Foi feito o trabalho de coach de carreira sistêmico, foi necessário somente dois encontros para ela se reencontrar abrindo um pet shop, a três anos o negócio vai super bem e ela se sente realizada.
A coach reforça que existem os dois exemplos de sucesso, tanto de uma pessoa que saiu do negócio próprio para ir para o mundo corporativo quanto da pessoa que saiu do corporativo para abrir o negócio próprio. Não tem regra, tem aquilo que te faz bem.
A Adriana encerra reforçando a importância de você encontrar o seu caminho. Não é um caminho ditado pela sociedade ou pela família, é o seu caminho.
E na retomada da pandemia, para quem já é mãe ou pai e passou a trabalhar em home office nesse período em que as escolas também não funcionaram, deixando as crianças muito mais próximas aos pais, o que fazer? Como retornar ao trabalho e se afastar novamente? A Adriana continua com a gente e vai responder a essa e outras perguntas semana que vem, até lá.
Foto: Freepik
Produção e Edição do vídeo: Diego Visachi